4.10.09

Sustentabilidade

Meu primeiro choque, quando eu cheguei em SP, foi no supermercado. No Rio as sacolinhas plásticas são frágeis e finas, e somos obrigados a colocar uma por dentro da outra, pra proteger o que estiver sendo carregado. Eu ia fazendo isso, quase que por hábito, quando fiz compras pela primeira vez. E a sacolinha plástica aqui em SP é firme, forte, mais confiável. Realmente não precisamos usar duas. Achei genial.

Não sou do tipo de pessoa profundamente ligada em questões sustentáveis. Acho legal, sou simpática à causa, mas ando de carro, sozinha, queimando combustível. Vejo os ciclistas andando pela cidade e, pra dizer a verdade, acho um saco essa conversa dos eco-chatos. Isso sou eu. Eu não curto o discurso de que quem usa carro não se importa com a natureza, e que quem anda de bicicleta se importa. Eu reutilizo as sacolinhas plásticas, mas nunca me lembro de sair de casa com a sacolinha de pano, pra trazer as compras e poupar o meio ambiente.

Eu acho legal quando vejo roupa feita com fibra de garrafa pet. Eu acho legal quando vejo que é lei sacolinha reciclável em sp. Eu acho legal. Eu separo o lixo orgânico do não orgânico há uns 10 anos, sem nem notar. Eu faço a minha parte, um pouco. Mas eu ando com o carro, e eu tomo banhos longos. Eu defendo o Banco Real, e uso de argumento o fato de nunca ter tido um talão de cheques que não tenha sido feito de papel reciclado. Mesmo que a gente saiba que papel reciclado é mais caro etc. Eu gosto de ver que a natura usa refil para poupar embalagens, mas sei também que ela testa os creminhos em animais. E isso não me impede de usar óleo trifásico pra tirar maquiagem.

Eu não jogo papel no chão, mas dificilmente olho a embalagem das comidas que eu compro, pra dar preferência às sustentáveis. Eu me considero consciente, mas não sou do tipo que vira defensora ferrenha das boas práticas. Acho que é questão de hábito, de cultura. Quem sabe isso não muda em pouco tempo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário