2.10.09

sustentabilidade

Se é importante? Teoricamente sim.

Se afeta o meu consumo, meu estilo de vida? Menos do que deveria.

É moda? Sim. Mas também acharam que o papel higiênico seria uma moda passageira quando foi criado. Talvez dê certo, talvez não. Estamos em cima do muro. Não casamos e nem compramos uma bicicleta. Não “defecamos” e nem saímos da moita...

Exemplo de empresas, produtos, pessoas, comportamentos? Não ponho minha mão no fogo por ninguém. Nem mesmo pelo Banco Real, Partido Verde, WWF e Green Peace, que são as empresas/instituições que mais divulgam (AKA vendem) essa idéia.


Sem dados concretos e estudos sérios, isso não passa de um ACHISMO.

Sustentabilidade é uma idéia cara pra algumas (poucas) pessoas; e é também cara no sentido financeiro. Concordo que devamos separar lixo, gastar menos eletricidade, gás, petrol, água potável. Concordo que isso seja bom para o planeta. Mas acho um absurdo omitir o fato de que as motos e aviões, por não terem catalisador, acabam poluindo mais ainda o ar. Um absurdo defender a insustentável idéia de sustentabilidade e depois dar incentivo fiscal para a indústria automobilística ajudar o país a sair do buraco. O aquecimento da economia gera por conseqüência um aquecimento das caldeiras de CO2, o aumento de produção de plástico, papel, metal e vidro. As matérias jornalísticas que trataram do assunto “crise econômica americana” sempre mostraram americanos nas gôndolas e caixas de supermercado.


Tentam conviver dois conceitos que se contradizem em seus fundamentos.

Pra facilitar o pensamento, é só imaginarmos a Inglaterra da Revolução Industrial em oposição à idéia de sustentabilidade. Isso não é irreal. Ainda vivemos a reverberação da era industrial. A única diferença é que tudo está mais bonitinho, mais espalhado, mais longe de você.

If a tree falls in the forest and no one is around to hear it, does it make a sound?

A descentralização das indústrias mundo afora facilita uma produção mais barata, utilizando de mão de obra barata. [Ah, seu chato, mas a gente já aprendeu o Fordismo e Toyotismo na escola...] Além disso, perde-se a noção de que vivemos num mundo poluído. Essa fragmentação da produção de um carro norte-americano reflete também um modo de pensar. O mundo é tão grande, tem tantas informações e tantas opiniões que só vejo aquilo que está na minha frente. Quando um ônibus soltando fumaça preta, logo imagino como ele polui a atmosfera. Mas e se esse mamute poluidor estiver no interior do país, é problema de outra pessoa. Quem, eu? Você. Eu não. Então quem foi? O Zé ninguém...

A long time ago in a galaxy far, far away...

O senso de comunidade foi perdido a long time ago. Ninguém se vê no direito de se auto-representar na ágora grega. O homem elege outro homem para ser seu representante. O poder é delegado ao Estado...eissonosconforta...afinal de contas, o mundo é grande, orasbolas!

Game Over

Lembra a sensação de quando você brincava com seu primo mais velho e ele, do nada, mudava as regras do jogo? Eu fico com a mesma sensação.

Depois de “sonhe com a casa própria”, “É a chance de você levar o seu carro Zero!”, “IPI reduzido, só amanhã.”, “empanados por metade do preço”, “amo muito tudo isso” , “de última geração”, não é justo acabar com o sonho das pessoas.

Pessoa 1 – Zé ninguém, esquece o sonho do carro zero... ele polui demais. Sabe, é melhor comprar uma bicicleta, ou andar de transporte público.

Zé ninguém – Mas eu sonhei...

Pessoa 2 – Fdoa-se! De agora em diante é bicicleta, ou transporte público!

Eu gostaria [de verdade] de ver essas idéias colarem. Mas como, se esse sistema depende do consumo? Se a economia depende do waste? É necessário existir a pobreza. A Universidade não é para todos. O Brasil não é um país de todos. É necessário existir gente sonhando com o produto de última geração para que elas girem o pratinho da economia.

The show must go on

Isso faz parecer que empresas que vendem a idéia de sustentabilidade tentam só ser politicamente corretas. A idéia de que a empresa X pensa num “mundo sustentável”, “ajudar a comunidade mundial”, “pensar no coletivo” pra mim parece uma BA-LE-LA enoooorme.

Uma mentira contada mil vezes torna-se verdade, nes’t pas?

Mas pode ter certeza de que alguém nos fará acreditar nessa estória. Esses conceitos vão colar, de uma forma ou de outra. Afinal de contas, basta lembrar uma propaganda de uma rede fast-food de comida árabe, cujo dono é português. A propaganda mostra como a empresa revolucionou ao vender esfihas a R$ 0,49. Che Guevara, Fidel Castro, Raul Castro, Esfiha, Socialismo, revolução cubana, fast-food, R$ 0,49 estão TODOS no mesmo patamar...é tudojuntoeamesmacoisa.


Sem mais,

His Royal Highness

Euvivoacontradição,ettoi?

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