24.9.09

ainda sobre as marcas

O que uma marca precisa para te tornar um fã?

- Mostrar serviço sem blablablá. Não tolero marcas e empresas que vendem status com qualidade meia-boca, o que infelizmente é uma mania dos brasileiros, abraçada por consumidores imbecis. Prefiro comprar uma paçoca na 25 de Março a comer um cheesecake caríssimo e fajuto em um bistrô afrancesado sem vergonha da Vila Madalena. Se não sabe fazer, não faça e não venha com conversa furada pra cima de mim, especialmente se quer cobrar caro por isso.

- Ser clara com relação ao que propõe e o que entrega. Isso deveria ser óbvio, né?

- Propagandas inteligentes ajudam. Isso significa: a) não se repetir à exaustão, especialmente se tem uma música-tema (tenho uma birra tremenda com propagandas de carro por causa disso); b) não invadir sua privacidade; c) não ser humilhante ou agressiva a um grupo de pessoas.

- Ter responsabilidade social e ecológica é um atributo cada vez mais indispensável.

- Quando se trata de roupas, algo que me deixa profundamente irritado no Brasil é modelagem e as estampas, no caso de camisetas. Tenho 1,87m e peso 102 kg. Sou um cara grande. Fico revoltado quando pego uma camiseta XG que na verdade é M. Como naquela MERDA da Zara, onde fui uma vez a contragosto (aliás, tudo no Shopping Iguatemi é uma bosta). Também detesto a mania que as marcas têm de estourar sua logo no peito, nas costas e onde couber. Acordem, Element, Volcom, Etnies e afins. Se a maioria gosta disso, foda-se a maioria. Eu estou aqui, quer o meu dinheiro? Não me trate como um estúpido que quer ser como todo mundo.

- Seja honesto e gentil com o cliente. Não tente empurrar coisas que ele não quer. Não dificulte se ele quiser trocar uma peça. Não deixe ele uma hora pendurado no telefone ouvindo uma musiquinha filha-da-puta depois de ter sido atendido pela terceira infeliz mal treinada que sofre de estresse e está desesperada pelo emprego. Telefônica, NET, Credicard e Procópio, vocês sabem do que eu estou falando.

- Não chute o meu saco. Cobre o preço justo pelo seu serviço. DESPREZO COM TODAS AS FORÇAS essa indústria de consumo exclusivista direcionada para as elites incultas, iletradas e provincianas brasileiras que se acham o máximo em pagar DOIS MIL REAIS por um jeans que custa OITENTA DÓLARES em um shopping center de gueto mexicano nos EUA. A lista aqui seria tão grande que nem vou citar marcas.


É, esse tipo de coisa me deixa puto.



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