22.9.09

Brilho nos olhos

Não precisa de nada muito incrível pra me inspirar. Quer dizer. O que pra mim é incrível, pode não fazer sentido para as outras pessoas.

Julinha, minha amiga querida, me inspira. A cada conversa, a cada link. São 500 quilômetros de distância, ela no Rio, eu em São Paulo. E ainda assim, proximidade a um clique, a um telefonema.

Vinícius, pelos mesmos motivos. Ele me liga pra contar uma coisa e eu paro tudo pra saber o que é. Trocamos links, dicas, segredos.

Nick Hornby. Autor de alguns dos meus livros favoritos, "About a Boy". delicadeza que ele trata a amizade entre um homem-menino e um menino-homem me fez ler devagarinho, só pra demorar mais pra acabar. E eu sempre lembro da frase "No man is an island". E sempre lembro do Will dizendo: "I am. I am an island. I'm fucking Ibiza." (L)

Daniel, amigo improvável que veio com o trabalho. Acabou o trabalho, ficou o amigo. Tá aqui, na janelinha de msn, enquanto eu escrevo esse post.

Leo, amigo querido. Wolf, amigo incrivel que fiz quando me mudei pra São Paulo. Que me tira de casa quando sabe que eu não estou num bom momento e anda comigo pela rua o dia todo.

Regina Spektor. Porque só ela consegue tocar piano com violência e cantar com a voz mais doce do mundo. E as músicas dela me embalam quando eu mais preciso, seja feliz ou triste.

Minha chefe, por incrível que pareça. Pela primeira vez, ou talvez pela segunda, na vida, eu tenho a oportunidade de trabalhar com alguém que me inspire, com alguém que me desafie, e me faça sentir orgulho de fazer parte de algo em que eu verdadeiramente acredito. Incluo na mesma lista uma co-worker, dupla no projeto. E mais umas três ou quatro meninas coloridas, com quem eu poderia conversar durante horas. Me inspiram horrores, me ensinam, a troca é genial.

Ana Luiza, amiga que veio, foi, e veio de novo. Que tem as ideias mais geniais. E que já foi minha cúmplice em alguns planos infalíveis.

Irmãos Grimm. Eu tinha sete anos quando peguei o livro de capa dura na livraria e pedi pro meu pai. Ele me deu. Eu li, reli, inúmeras vezes. O livro está aqui, na minha estante, ao alcance das mãos, 22 anos depois. E eu continuo com os olhos brilhando quando narro os horrores que a Branca de Neve passou pra se casar com o príncipe, no final.

Marcela e Camila, amigas queridas que passaram os maiores horrores que eu já vi. Perdas, tragédias, coisas que eu não sei se daria conta. E elas deram. Com sorrisos nos lábios.

Charlie Kaufman, a pessoa que inventou a minha história favorita de todos os tempos, o amor cheio de confusões de Joel e Clementine, em Eternal Sunshine. Nunca, jamais um filme me deixará tão impactada quando esse, especificamente. Toda vez que eu ouço aquele "ok" "ok" do final, eu renovo a minha esperança nas pessoas.

Mary W, dona do blog que eu leio há mais tempo. Cheia de opiniões sobre coisas sérias ou não. Fico mais inteligente depois de ler o que ela escreve.

Esses são os que eu me lembro, agora. Estou muito bem servida de inspirações. =)

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