Eu tento, tento, tento, mas é phódah!
Mãe, a chavinha do trabalho quebrou dentro da máquina ligada. E agora?
Eu uso o meu tempo livre para trabalhar e tem dias em que trabalho mais no tempo “livre” do que no de “trabalho”. Comigo a profecia de Domenico de Masi funciona e acredito que ela funcione também com outras pessoas, outros trabalhadores, mas não com todos.
Eu pessoalmente gosto da máxima do ócio criativo (embora odeie esse nome), mas isso se dá somente pelo fato de o meu material de trabalho vir muito desse tempo “livre”: a vida, o quotidiano, as pessoas [além do pequeno fato de eu não ser obrigado a bater cartão em uma empresa].
Eu ainda sou estudante de Artes Cênicas, trabalho como produtor em de um grupo de teatro e sou assistente pessoal de um ex-professor da Inglaterra. As propagandas de televisão, as peças, as discussões no trânsito, os desfiles de moda, as cores e arquiteturas da cidade, os museus, os ritmos, as conversas que oiço em entreatos, os sons e as texturas são materiais que vão se armazenando e criando um banco de dados. Como uma das minhas pastinhas no computador. E é a partir dessas pastinhas que eu começo a visualizar a minha área de interesse e perceber como o desfile do Fause Haten se relaciona (a princípio na minha cabeça) com a questão do trabalhador na década de 20, presente no conto Primeiro de Maio (Mário de Andrade). Os conteúdos flertam, se tocam, cruzam uns com os outros e produzem bastardinhos dominantes ou recessivos. AABB, AABb, aaBb, Aabb, aabb...
Tá vendo? Mesmo nesse blog eu ainda falo do meu trabalho. Damn it!
Mas isso acontece comigo... Como é que um sujeito que trabalha na fábrica, na indústria pesada, ou no campo conseguiria usar o seu dia inteiro para trabalhar e se aprimorar de maneira lúdica tudojuntoaomesmotempo? Risível. Nem tudo cola que nem Mackcolor, I guess.
Você esqueceu do maior dominante de todos:
ResponderExcluirABBA!!!!
how could I?!?!?
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