Antes de propor (ou expor) uma visão de mundo, o vídeo tem que ser analisado como o que é: uma propaganda de videogame. Nessa condição, tem um argumento inteligente e com uma dose de ironia - passar tempo na frente de um videogame não é viver uma vida real, por mais que muita gente goste de pensar diferente e baseie sua vida em torno dessa concepção. Da mesma forma, porém, o vídeo dá conta do status que os videogames alcançaram na sociedade desenvolvida (levando em conta que em países como o Brasil a penetração ainda é pequena e, no caso de consoles como o PS3, XBox e Wii, majoritariamente fruto de pirataria): são uma forma de entretenimento disseminada em todas as esferas da sociedade e são encarados pela indústria cultural como uma das principais plataformas de vendas de produtos e de produção de experiências.
Saindo dos exageros (às vezes caricaturais) necessários e inerentes ao meio publicitário, o caráter dramático de experiências digitais como os games permite às pessoas viver algo parecido com a atuação teatral ou no cinema: a possibilidade de "entrar no personagem". Algum psicólogo ou neurocientista pode dizer melhor, mas isso obviamente é benéfico às pessoas de alguma forma, seja para o desenvolvimento lógico, seja para adquirir novas visões de mundo.
Isso, creio, resume meu pensamento sobre a possibilidade de "viver outras vidas": legal como exercício de drama, saudável como fantasia. Passou disso, vira bobagem.
23.9.09
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